RESUMO DO PROJETO
A formação por excelência da paisagem natural do
Ceará é a caatinga, que apresenta vegetação adaptada às condições de aridez
(xerófila), típicas de regiões semi-áridas, com raízes superficiais, estruturas
espinhosas e perda de folhagem durante a estação seca, sendo representada por
dois extratos: um mais alto, o arbóreo-arbustivo e outro herbáceo, quase ao
nível do solo, formado pelas gramíneas. Esses extratos só se configuram após as
primeiras chuvas quando toda a caatinga recupera a folhagem e se torna verde (MENEZES,
MORAIS, 2002).
Em virtude de tais características
(xerófilas), muitas vezes a mesma é vista como uma vegetação sem importância e
conseqüentemente pouco estudada, onde até o momento apenas 1000 espécies foram
registradas, estimando-se que haja um total de 2000 a 3000 plantas (WIKIPÉDIA, 2011). No entanto, a caatinga exerce papel fundamental no Estado como
fornecedora de madeira e derivados (carvão, estacas e material para
construção), frutos, plantas medicinais, mel, animais, alem de sua importância
para a manutenção da pecuária extensiva (MENEZES, MORAIS, 2002) e a permanência
do homem no campo. Porém, o uso inadequado e insustentável dos solos e recursos
naturais, repassados culturalmente tem levado a uma rápida degradação
ambiental. Segundo estimativas, cerca de 70% da caatinga se encontra alterada
pelo homem e somente 0,28% de sua área encontra-se protegida em unidades de
conservação (WIKIPÉDIA, 2011).
Em meio a negligência e
insuficiencia de conhecimento científico, o projeto: Conceito e preconceito quanto ao uso e conservação da
caatinga almejam despertar junto à Escola e a comunidade, para a grave situação
em que se encontra a caatinga, pois além
da importância biológica, apresenta um potencial econômico pouco valorizado, necessitando
de políticas públicas com estratégias de uso e conservação mais eficazes. O
Projeto será desenvolvido pelos alunos e professores da EEEFM José Alves de
Figueiredo por meio de revisão bibliográfica, palestras e estudo de campo.
Todas as atividades serão devidamente registradas no caderno de campo que
servirá de subsídio para a apresentação das ações do projeto em Feiras de
ciencias, palestras nas escolas estaduais do Crato e para a produção de um
artigo científico pelos alunos.
Temos consciência de que precisamos estabelecer “uma visão ecológica em
defesa da possibilidade de que possa haver um equilíbrio entre o ambiente
natural e a sociedade” (MENEZES, MORAIS, 2002), desconsiderando os interesses dos grupos e
classes sociais, sugerindo uma análise econômica, social e política sustentável
quanto ao uso e conservação da caatinga.
OBJETIVO GERAL
·
Informar aos
discentes o fator cultural historicamente estabelecido incutido no preconceito
quanto às características, o uso insustentável e a conservação da caatinga.
OBJETIVOS EXPECÍFICOS
- · Caracterizar a caatinga como uma vegetação exclusivamente brasileira e que deve ser protegida.
- · Perceber a importância econômica dos recursos encontrados na caatinga e o peso (% do PIB) na balança comercial do estado do Ceará.
- · Propor formas de uso da caatinga que privilegiem a sustentabilidade ambiental e a convivência com a semi-aridez.
- · Analisar as áreas de conservação da caatinga no estado do Ceará: planejamento, implantação, funcionamento e formas de uso e conservação.
METODOLOGIA
Esse projeto será desenvolvido de forma interdisciplinar por professores
(das áreas de ciências humanas e ciências da natureza) junto aos alunos do
Ensino Médio. preocupados em entender o fenômeno da caatinga, para melhor atuar
no sentido da criação de um pensamento novo, que possa transpor o espaço físico
da escola, contrapondo o uso imoderado dos recursos naturais com a idéia de
conservar para racionalmente utilizar.
O público alvo será um grupo de doze alunos do 1º
e 2º ano do Ensino Médio da Escola José Alves de Figueiredo, localizada no
bairro Vila Alta em Crato-CE que serão capacitados para desenvolver e repassar
as ações do Projeto. Inicialmente
será realizada uma pesquisa bibliográfica e palestras com algumas instituições
(Secretaria de Agricultura, EMATERCE, IBAMA, EMBRAPA, ACB, URCA, Caixa
Econômica Federal, Banco do Nordeste), que se fará perceber o agravante avanço
do processo de degradação ambiental ocorrido nas áreas de caatinga no estado do
Ceará.
Para efeito de pesquisa, coleta de materiais e de informações algumas
áreas consideradas estratégicas serão catalogadas para visitação como: Plano de
Manejo em Assaré, Estação Ecológica de Aiuaba e Reserva Natural Serra das Almas
em Crateús. O Caderno de campo contendo todas as informações devidamente registradas
do projeto dará apoio para a produção de um artigo sobre o tema: Uso e
conservação da caatinga no estado do Ceará.
Após um relativo conhecimento do assunto e consciência ecológica por
parte do aluno, além da produção científica é desejo do grupo apresentar o
projeto em feiras estaduais e regionais, bem como, repassar a experiência nas
escolas estaduais do município do Crato.
RESULTADOS
O
projeto ao sintetizar as amarras culturais (uso insustentável dos recursos), o
latifúndio e o jogo de interesses políticos e econômicos em um ambiente
fragilizado despertarão no aluno a consciência de que a caatinga precisa ser
preservada e que cada um precisa fazer sua parte ao compreender que é da
caatinga que o cearense retira o seu sustento.
CONSIDERAÇÃOES FINAIS
A
caatinga é um bioma único e de valor inestimável tanto do ponto de vista
ambiental quanto humano. Temos consciência de que precisamos estabelecer “uma
visão ecológica em defesa da possibilidade de que possa haver um equilíbrio
entre o ambiente natural e a sociedade” (MENEZES,
MORAIS, 2002), desconsiderando os interesses dos grupos e classes
sociais, sugerindo uma análise econômica, social e política sustentável do uso
e conservação da caatinga.
PALAVRAS CHAVES
CAATINGA –
BIOMA – USO – PRESERVAÇÃO – CONSCIÊNCIA – VALOR ECONÔMICO – SUSTENTABILIDADE.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- http://www.comunidadescoep.org.br/pdf/relatorios/semiarido/relatorio_equipe_URCA_pos_marco_2006.pdf. Acesso em: 08/04/2011.
- Zephyranthes sylvestris. Flora do Ceará. Página visitada em 09 de abril de 2011.
- (Página 348) Borzacchiello, José; Cavalcante, Tércia; Dantas, Eustógio (Organizadores). Ceará: um novo olhar geográfico. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2007.
- MENEZES, Edith Oliveira de./MORAIS, José Micaelson Lacerda. Seca no Nordeste – desafios e soluções.
·
Wikipédia, a enciclopédia
livre. A caatinga, abril de 2011
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