Orientandos: Thais Alexandre Mendes, Jheniffer Tavares Muniz e Ricardo Alexandre Mendes
Resumo do
projeto
A educação brasileira, nesse início de
século passa por transformações significativas no que diz respeito ao ensino, e
à busca de soluções válidas que permitam alcançar metas educativas em evolução
com as próprias mudanças técnico-materiais e socioeconômicas. Pedagogicamente,
“as novas realidades exigem outro tipo de preparação cognitiva, social e
afetiva” (SANCHO et al. 2006, p.65), pois as práticas escolares em curso
testemunham um novo processo histórico – o ápice da revolução
técnico-científica e informacional que traz consigo uma gama de objetos
tecnológicos que “proliferam” todos os ambientes da vida social. Não se pode
negar a importância das tecnologias digitais para o homem moderno e seu modo de
vida, mas a tecnologia cada dia mais acessível à população com absolescencia
programada e, às vezes sem essência aparente, pode trazer prejuízo à aprendizagem
das crianças e dos jovens, faixa etária com maior disposição para usufruir do
ciberespaço que a cada dia se consolida com o avanço técnico. Estudos indicam
que “o mau uso da tecnologia na educação pode ser um grande agravante no
processo de desenvolvimento da criatividade e da síntese de informação” (CRUZ
et al.), bem como o uso inadequado das mídias digitais em sala de aula
comprometem não apenas a concentração do aluno em particular, mas toda e
qualquer atividade pedagógica desenvolvida em sala com os alunos. Seguindo este
raciocínio, pode-se “comparar a tecnologia com os remédios, todos vem para
ajudar e melhorar a qualidade de vida da população, mas tomar doses muito altas
pode trazer ainda mais complicações à saúde (CRUZ et al.). sendo assim, tão
importante quanto a medicação correta é saber o local, a hora de usar e a
potencialidade das tecnologias digitais quando usadas de forma correta. Contrastando
com a ideologia dominante que instiga o consumo de aparelhos tecnológicos está
a realidade do baixo rendimento escolar dos alunos das escolas públicas. Fato
que justifica o desenvolvimento deste projeto o qual busca mostrar à comunidade
escolar que o uso indiscriminado e
inadequado de determinadas tecnologias como o celular, o fone de ouvido
e a internet pode prejudicar o adolescente em quaisquer um dos segmentos de sua
vida social e comprometer o seu rendimento escolar. O projeto será desenvolvido
pelos alunos e professores da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio José
Alves de Figueiredo por meio de revisão bibliográfica, palestras, questionários
e entrevistas. Temos consciência de que “uma pessoa tem conhecimento quando
pode enxergar implicações e chegar a conclusões”. (TALMUDE in Galdeman, 2007,
p. 17) sendo assim, é notável que a Escola “vive” um momento histórico inimaginado
na época dos nossos pais, marcado por avanços tecnológicos, aparelhos e mídias
inteligentes que chegam à escola e que são capazes de interferir negativamente
na aprendizagem do aluno pela forma imatura ou inadequada de uso.
Palavras-chave
TECNOLOGIA – USO INADEQUADO – RENDIMENTO
ESCOLAR
Questão ou problema identificado:
É inegável que
as tecnologias digitais potencializam atividades e uma dinâmica social
inimaginada há algumas décadas, assim como, é evidente que a forma de uso
inadequado dessas tecnologias em ocasiões e locais, em especial na escola, pode
comprometer a vida social do jovem e seu rendimento escolar.
Hipóteses ou Objetivos de Engenharia:
·
Analisar o uso inadequado das tecnologias digitais no
cotidiano dos alunos e aquelas que chegam à escola mostrando que há uma relação
direta com o baixo rendimento escolar dos alunos.
·
Discutir o impacto “repentino” da era digital, em ritmo
acelerado e pensar sobre as futuras criações intelectuais e de comportamentos,
ambos ameaçados pelo despreparo e uso inconsciente das tecnologias.
·
Mostrar que a atual conjetura histórica marcada pelo avanço
técnico-científico informacional revela transformações metódicas nas praticas
escolares.
·
Preparar o aluno para o uso consciente das mídias digitais a
partir da compreensão da sua essência.
·
Entender que o celular e seus recursos multimídia se usados
inadequadamente podem trazer transtornos jurídicos e sociais para os jovens.
·
Mostrar que o uso do celular e do fone de ouvido em sala de
aula diminui e às vezes tira por completo, a concentração do aluno; influi na
indisciplina e conseqüentemente atrapalha o seu rendimento escolar.
·
Colocar em questão o “mundo e o submundo” da internet.
·
Procurar regulamentar de forma consciente e produtiva na
Escola José Alves de Figueiredo a lei 14.146/08 que proíbe o uso de celular e
outros equipamentos eletrônicos de comunicação, nos estabelecimentos de ensino
do Estado, no horário das aulas.
Descrição metodológica
Este projeto será
desenvolvido por professores e alunos da Escola José Alves de Figueiredo por
meio de pesquisa bibliográfica, questionários, entrevistas, análise documental
do rendimento escolar, em 2011 dos alunos participantes e que voluntariamente querem
contribuir com os dados que darão veracidade e teor cientifico à pesquisa.
A revisão
bibliográfica dará suporte teórico aos alunos fazendo-os com que percebam a
essência das tecnologias, o quanto elas são importantes, mas que se usadas
inadequadamente em vez de beneficiar oferecem riscos jurídicos e
sócio-educacionais.
Esse trabalho
será de caráter qualitativo e quantitativo e envolverá diretamente alunos do
sétimo ano do ensino fundamental ao terceiro ano do ensino médio. Os alunos
serão selecionados pelos professores e pelo núcleo gestor da escola sob o
critério de haver ocorrência (oral ou escrita) do aluno com relação ao uso do
celular em sala de aula. Devem ser escolhidos cinco alunos de cada turma,
totalizando 90 jovens que participarão da pesquisa.
Inicialmente será aplicado um questionário
para o aluno e uma entrevista com os pais para coleta de informações. Em
seguida, de posse do boletim será realizada a coleta dos dados quanto ao seu
rendimento escolar, através das notas, durante os dois primeiros bimestres do ano
letivo de 2011 que ao ser comparado com as notas do primeiro semestre de 2012
(ano em que buscamos regulamentar a Lei 14.146/08) comprovaremos que o uso
inadequado das mídias digitais atrapalha a aprendizagem do aluno.
Serão realizadas
palestras na escola com sociólogos, psicólogos e técnicos em informática, a fim
de esclarecer os pontos positivos e, em especial, os pontos negativos quanto ao
uso irresponsável e inadequado das tecnologias digitais na sociedade atual.
As informações e dados obtidos na pesquisa deverão compor
gráficos e tabelas que poderão contemplar por meio de amostragem em quanto e
como o rendimento escolar dos alunos das escolas do Crato e, quem sabe do
Carirí, são afetados pelo uso inadequado das mídias digitais, considerando o
tempo, local e ocasião em que são usados.
Referências
AQUINO, Julio Groppa. Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1996.
FREIRE, Paulo; VIANNA, Ilca O. de Almeida; SCHMIDT,
Leide M.; RIBAS, Mariná Holzmann; CARVALHO, Marlene A. de; KHOURI, Ivonne;
D’ANTOLA, Arlette; NOFFS, Neide de Aquino; ABUD, Maria J. Milharezi; ROMEU,
Sônia Aparecida. Disciplina na escola:
autoridade versus autoritarismo. São Paulo: EPU, 1989.
GALDEMAN, Henrique. De Gutenberg à internet: direitos autorais das origens à era
digital. 5 ed., Rio de Janeiro: Record, 2007.
SANCHO, Joana Maria; HERNÁNDEZ, Fernando. Tecnologias para transformar a educação.
Porto Alegre: Artmed, 2006.
SANTOS, Milton. Por
uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 16
ed., Rio de Janeiro: Record, 2008.
Sites
- CRUZ, Marcus Vinicius Maia da.; RAMOS, Matheus Edson; BOSCARIOL, Matheus Salgado; ALEIXO, Robson Pereira. Informática e educação: pontos negativos, disponível em: <wiki.icmc.usp.br/.../informáticaeeducação> acesso em 02/04/12
Lei Artur
Bruno,
disponível em: <http://www.arturbruno.com.br/artigos/texto.asp?oi=1476> acesso em: 12/04/2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário